terça-feira, 30 de setembro de 2014

O meu querido admirante Antônio Prata publicou no texto do último domingo a dúvida atroz dos cronistas: falar dos dramas umbiguianos ou se arriscar na seara política/economia/futebol. Com destreza conseguiu articular os horrores cotidianos com os primeiros passos da filha. Longe de ser uma cronista; male e male uma neurótica típica em fim de análise; as vezes me pego no mesmo dilema. Durante o café da manhã, deu vontade de escrever sobre a diarréia verbal do candidato a síndico da invasão, Sr Levy ejaculação precoce (o homem do trem bala urbano); a preguiça foi maior. 
Não bastasse, a atendente da padaria, figura conhecida de toda semana, representou a melhor cena de desacato de todos os tempos. Na mesa ao lado uma dupla de dois discutia quem gastaria mais no desjejum matinal em comparação a circunferência abdominal. (Eu, encolhia a barriga com medo de ser atingida por um comentário belicoso). Pois bem, a dona atendente, cheia de coragem e disposição para a guerra, solta a pérola em direção ao mais roliço , enquanto preenche a filipeta: "é claro que é você! Além de mais gordo sempre como demais!". Homens!Conseguiram gargalhar da cena. 
Antônio, no domingo, disse que a função da crônica é usarmos nossas referências de forma ficcional, tomar um ponto pessoal que possa atingir a todos. Achei a cena tão comum, relevante, realista ...

Bom dia a todos!

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