domingo, 10 de novembro de 2013

Tudo bem que o Jorge Doria não foi uma figura relevante na minha vida, mas e daí? Eu tenho direito a assistir o especial em sua homenagem após sua morte aos 92 anos, não tenho?! Pois é! É o que eu acho, mas evidente que só eu pense nisso. O programa tinha duração de ... meia  hora? Talvez 20 minutos? E , se meus cálculos não estiverem errados, eu fui interrompida 10 vezes. Portanto, a única informação que eu consegui sobre o Jorge Doria foi que ele morreu aos 92 anos. Ah? No Rio de Janeiro.
Primeiro solicitaram minha atenção para contemplar uma embaixadinha em frente a TV de 42" que eu dividi em 10 parcelas. Depois foi a vez de admirar aquele cravo que brotou na ponta do nariz e que insistiu em manter-se por lá.  Na linha dos cuidados com o corpo fui questionada sobre a seqüência de exercícios bucais propostos pela dentista. Não bastasse surgiram dúvidas sobre a possibilidade de usar novamente a blusa do time e a bermuda posta há menos de 1 hora para dar um pulinho na padaria. 
Mesmo diante da minha pouca vontade as solicitações continuaram. Quiseram saber minha opinião sobre a questão de matemática; sobre a matéria mais pesada - uma tonelada de algodão ou uma tonelada de chumbo; sobre a veracidade das chuvas de neve fora de temporada, sobre a possibilidade delas serem feitas com isopor moído. Quiseram também apenas compartilhar descobertas: que em 10 minutos lemos 15 páginas de um livro, que os pernilongos surgem mais no verão, que andar muito de bicicleta pode dar dor na perna e na bunda e pôr fim, na linha dos filhos, o pai deu um grito da sala para saber onde estava o adaptador da cafeteira que ele tinha colocado hoje de manhã na esteira.
Fazer o quê? Aquela altura Jorge já tinha até reencarnado. Quando me dei conta, um dormia deitado na minha barriga e o outro nos meus pés abraçado com a bola. Levados pra cama farei uma forcinha para chegar acordada aos gols da rodada. 
Boa semana! 

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