quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Economia doméstica

Lá pelas tantas recebo um sms do meu extrato bancário. 
Assunto: redução de custos.
Achei um pouco indelicado. Mas como uma relação não se faz de um, resolvi refletir sobre a minha implicação no caso. Pensei, pensei e conclui. 

Supondo que eu vá a manicure, daquelas que oferece um risco menor de pegar hepatite,  1 vez por semana menos 2 (referente a dupla quinzena de férias que tiro por ano). Cada serviço (incluindo café, manobrista e duas espirradas de spray secante) custa R$ 20,00. Ao final de um ano terei gasto o montante de R$1000,00 (PQP!). Se, o intervalo entre as visitas for de 10 dias menos 2 (continuarei tirando uma dupla de férias quinzenais por ano, afinal sou filha de Deus), a somatória será de R$ 680,00 (PQP!). 
Segundo os especialistas, o índice de economia bruta atingiria a casa dos 32% que, aplicados em fundos de pensão renderiam cerca de R$ 32,00 ao ano (PQP! Não paga nem meia perna e virilha!).  
Respondi: Querido extrato bancário (ou quem possa representá-lo), a partir de hoje, nessa casa, só comeremos derivados de carne moída. Almôndega, bolo de carne, enrolado, pastel, fogaça e escondidinho. Motivo: o preço do filet mignon. 
A diferença entre 1kg de mignon e 1 kg de coxão duro eqüivale aos mesmos  
R$ 20,00 da manicure. Se por mês comemos 2 kg de carne de primeira , a redução de categoria acarretará uma economia de R$ 40,00/mês. A diferença entre a redução do investimento no meu estado de humor ( vintinho por mês) versus a redução na alimentação das criancinhas (quarentão por mês) resultará numa acúmulo familiar de 50%. 
Agora sigam meu raciocínio: os R$ 400,00 que eu consegui economizar durante o ano, diluídos ao longo dos meses representam 1/2 dúzia de pedicuros, 4 shampoos com escovas e 3 designers de sombrancelhas. Demais! 
Conclusão: preciso bater um papo com meu chefe porque o retoque de raiz e a depilação não foram contempladas no orçamento 2014. 
Reajuste já! 


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