quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Cenas da vida


Comprar papel higiênico as nove da noite, definitivamente, não é um ato glamouroso. Mas lá estava eu, cansada e trôpega na última promotora viva com seu saboroso patê de atum.
Entre o quiosque e a barricada de leite promocional ela: tímida e japonesa segurando sua delicada sacola de compras.
Com ar tristonho se aproximou pedindo licença para entregar o papel em mãos.
" Minha irmã se curou da depressão, eu salvei meu casamento, meu filho largou as drogas. Se você tiver um tempinho venha as nossas reuniões, todos os dias de manhã e a noite. Obrigada. "
E partiu.
Ela com seu fardo, eu com o meu.

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