sábado, 9 de fevereiro de 2013

Carnaval

Ainda aquém da meia idade, mas com humor de anciã. Carnaval é bom para descansar, foliar com os amigos em casa, risadas, uma cervejinha, kids on the sofá and that is it.
Histórias frescas recém contadas. O dia em que desfilei na avenida: by amiga.
"Era carnaval, a fantasia pesava na cabeça mais do que problema no trabalho e conta estourada. Uma amiga mico, empolgada, descolou um exemplar de índio para representar o bloco da FUNAI na Vai-Vai para a pqp*. O esquenta começou as seis da tarde, embora a escola saísse as seis da manhã. Cerca de duas horas depois e a centésima vez que o samba enredo irradiava aflição no cérebro, decidi fazer xixi. KKKKK. A latrina mais próxima ficava há uma avenida, cinco escolas de sambas e todos os carros alegóricos.
A bota - índio usa bota?!? - atendia perfeitamente as necessidades fisiológicas e talvez aliviaria os dois números a menos que ganhei do eunuco que cedeu os sapatos. Dedinhos em estado de gangrena, fui arrastada pelos 530 metros do Anhembi, com os indicadores em riste, mascando chiclete para fingir que mexia a boca e chorando. Se alguém notou - há essa hora até minha mãe estava dormindo - minha cara era de desespero. De olhos fechados e um resto de dignidade atravessei a sucursal do inferno - e se o inferno for assim prefiro reserva em outro lugar - e lembrei que meu carro estava a dezoito quilômetros do sambódromo, lá pros lados do Tucuruvi. Morte. Jurei, em nome das próximas vinte gerações que carnaval nem pela televisão. "
Abrimos outra cerveja, desligamos a tela plana e, em tom conciliatório, contamos boas outras histórias de carnaval.
Meu olá para o povo do ziriguidum e bom feriado!

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